Você pode até ter feito rafting.. mas não foi o de Arequipa!
Feito isso nos voltamos a nossa van apertadinha e seguimos para o Rio Arequipa, que fica na base de uma montanha congelada e a maior parte do rio é o próprio degelo da montanha, ou seja, água congelante. Na van, só tinha eu e meus amigos de brasileiros (4 pessoas) o resto era tudo de fora, e lá conhecemos uma holandesa chamada Famke, que estava viajando sozinha, muito gente boa ela. Algumas minutos depois nós chegamos no lugar em que iamos descer, e é um local lindo, um pasto totalmente verdinho com algumas lhamas comendo grama por ali e lá no fundo se encontrava uma montanha e seu cume congelado. A paisagem vista ao vivo é de tirar o folego, ficamos ali por alguns minutos enquanto o pessoal preparava os botes.
Botes prontos, é a hora do treinamento, eu sou um desastre pra explicações instantâneas assim, e o cara escolheu logo eu pra ver se estava entendendo tudo e como ajudante, são vários códigos que eles usam pra você saber a hora de se jogar pra esquerda, pra direita, ou a hora pra deitar dentro do bote, se fosse em português eu até conseguiria, mas a explicação era em espanhol, mas mesmo com meu espanhol avançado eles falam muito rápido, me confundi todo nessa hora, e claro, todos os gringos ficaram rindo de mim, mas estávamos prontos pra cair na água. Carregamos os botes até a beira do rio e entramos nele para começar a aventura, o guia nos deu umas ultimas dicas antes de começarmos a descida e lá fomos nós.
São cerca de 2 horas de descida rio abaixo com 1 parada no percurso, quando coloquei o pé na água vi o quão estava gelada, vocês não tem noção de como aquilo estava gelado, e não é frio igual chuveiro desligado não, é congelando de fazer o sangue parar de circular no corpo. Muito animados começamos a descer. Durante a descida, com toda aquela adrenalina, agente nem sente o frio, mas quando as corredeiras param um pouco agente começa a perceber, eai eu entendi o porque de a gente carregar tanta tralha, pra impedir que a água entre por debaixo, mas nem isso adiantou, na hora que nosso bote desceu a primeira cachoeira, a água entrou nas minhas costas e eu chega arrepiei, quando olhei para os meus dedos, eles estavam totalmente brancos, muito sem noção esse passeio.
Depois de 1 hora de descida rio abaixo nós paramos em uma parte que era mais calma, e por sinal havia uma pedra imensa lá, já desconfiava o que sabia, eles nos fizeram pular dessa pedra gigante no rio, e lá fomos nós, pra sair do bote foi dificil pois nem conseguia controlar minhas pernas direito de tanto frio, subimos naquela pedra imensa e pulamos, e foi muito esqusito, parecia que estava entrando mil agulhas no meu corpo... de lá nos voltamos para o bote e continuamos a descida, aonde dessa vez iriamos encontrar a maior queda d'agua, com 5 metros de altura, sente a força da criança, e lá fomos nós nela a baixo... preciso nem falar que depois disso nós afundamos de vez dentro da água, mas é tanta aventura que as vezes a gente esquecia o frio.
Algum tempo depois chegamos ao destino final, ao contrário entraríamos dentro da cidade aonde a água não é mais tão limpa assim, ao sair dos botes foi um choque, pois não conseguíamos andar direito, as pernas cambaleando e as mães sem tato devido a falta de circulação de sangue, mas foi uma aventura inesquecível e merecia ter o relato contado aqui. Nos aventuramos em outros locais também, mas isso já é uma outra história.
Um comentário:
Parece ser muito legal esse esporte, um dia ainda que praticar, seguindo, se puder passa lá!
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